
Decorreu ontem, 16 de Fevereiro, na AEP a «IV Conferência internacional Liderança e Empreendedorismo com o tema “A (Não) Competitividade da União Europeia», organizada pela Fundação AEP
O excelente tema da conferência deste ano, dedicada à (não) competitividade da união europeia, foi uma notável reflexão sobre os desafios que se colocam às economias europeias, quer às suas empresas, quer às suas instituições políticas e governamentais.
Particularmente úteis foram as reflexões do Prof. Doutor Jorge Vasconcelos e Sá, que, apontando os factos indesmentíveis relativamente às disparidades fundamentais das economias europeia e americana, e das suas causas, terminou com a sugestão de que a excessiva intervenção do estado na economia é o grande bloqueio ao desenvolvimento das economias em geral, e da portuguesa, muito em particular.
Não posso concordar mais com essa perspectiva. De facto, tendo em conta a natural ausência de vocação do estado para a inovação, a sua intervenção na economia apenas contribui para bloquear a agilidade e capacidade para as empresas e demais agentes económicos se adaptarem às exigências do mundo actual, nomeadamente quanto aos desafios da produtividade e competitividade.
Fotos AEP
Seria muito importante saber qual a proporção dos fundos comunitários que ficam no próprio estado (governo, municípios e outros organismos públicos). Como referiu o professor Vasconcelos e Sá, na Madeira, entre Março de 2015 e Março de 2016, entre 59 projectos aprovados, apenas 5 eram de empresas privadas!
Presume-se que no continente a situação não seja muito diferente.
Há que alterar este secular e inaceitável paradigma, a bem da economia, a bem das empresas, das famílias e das gerações vindouras.
António Queirós
Director Geral / CEO EIROSTEC. Consultor Sénior.




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